Do que se trata
- O termo “tecnologia” da educação é mais comumente associado a instrumentos ou equipamentos (rádio, tv, informática) que permitem uma forma de ensino que dispensam, em todo ou em parte, a participação do professor.
- O termo também é usado no sentido de conceitos ou estratégias pedagógicas (como o conceito de ensino estruturado) ou num sentido de inovação metodológica )como “flipped classroom”, ou sala de aula invertida, por exemplo).
- Sempre que surge uma nova tecnologia é comum vir associada a ela a esperança de “salvação”, “salto de qualidade” ou mudança de paradigma na educação.
Evidências relevantes
- As evidências colhidas ao longo de mais de um século de iniciativas desta natureza apresentam resultados frustrantes.
- Tecnologias que operam dentro da sala de aula só conseguem sobreviver se devidamente adaptadas às práticas do professor – o que frequentemente leva à perda de suas potenciais vantagens (individualização, personalização, economias de escala).
- Tecnologias que podem se substituir ao professor e que se desenvolvem em contextos extraescolares costumam ter maior impacto – mas menor status. É o caso típico do ensino à distância.
- O peso da evidência sugere que:
- O potencial do uso de tecnologias, seja no sentido de “sistemas’, seja no sentido de conteúdo veiculado por meio de um “hardware), continua elevado, mas longe de se concretizar.
- O êxito de intervenções baseadas em tecnologia dependerá sempre da qualidade do conteúdo veiculado e das estratégias pedagógicas, e poderá ter maior impacto se implementado fora do contexto escolar.
- Uma nova geração de professores nascidos e criados na cultura digital possivelmente facilitará a entrada e uso das tecnologias nas escolas e salas de aula. Sua implementação em massa, no entanto, depende fundamentalmente de o professor/escola ter razões para usar e consequências se não usar.
O que o Instituto Alfa e Beto propõe
- O IAB propõe o uso de sistemas estruturados de ensino – um conceito que vem se mostrando particularmente acertado a sistemas de ensino cujos professores possuem um nível intelectual e de preparo bastante limitado.
- O IAB também propõe o desenvolvimento e experimentação com o uso de tecnologias educacionais – vinculando a sua disseminação a instrumentos de validade comprovada.
- O IAB desenvolveu e avaliou três tecnologias que demonstraram importantes avanços na aprendizagem dos alunos: Tabuada na Fazenda, Ilhas do Alfabeto e Flui.
Principais publicações do Instituto Alfa e Beto sobre o tema:
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