O professor João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, teve publicado nesta sexta-feira (15/03) um artigo no jornal Valor Econômico, o professor analisa como o sucesso do agronegócio pode contribuir para que o país melhore seus resultados na educação. Ele argumenta que práticas baseadas em dados e ciência, amplamente utilizadas no agronegócio, podem ser aplicadas no setor educacional para alcançar resultados mais efetivos e sustentáveis a longo prazo.
PNI, PNE e a Falácia dos Planos Infalíveis
O artigo critica os planos nacionais que, segundo ele, não têm conseguido mudar os resultados na educação no Brasil. Comparando os governantes ao personagem Cebolinha, de Maurício de Souza, conhecido por seus “planos infalíveis” que sempre falham, ele destaca assim a estagnação da produtividade na indústria e na educação, que persiste há décadas. Oliveira observa que esses setores frequentemente adotam planos ambiciosos sem uma base sólida de dados e estratégias comprovadas, resultando em esforços infrutíferos.
Em contraste, o setor agro tem experimentado um aumento médio de produtividade de cerca de 4,5% ao ano. Isso por resultado de visão estratégica, consistência nas políticas e aproveitamento de oportunidades. Ele sugere que o setor educacional pode aprender valiosas lições do agronegócio. E, ainda mais especialmente, no que diz respeito ao uso de dados e testes para informar decisões e políticas.
Os Resultados na Educação
Oliveira destaca ainda que os educadores devem implementar estratégias educacionais baseadas em uma fundamentação científica robusta. Além disso, a coleta e a análise de dados precisos e a aplicação de testes rigorosos para medir a eficácia das iniciativas são imprescindíveis. Somente assim será possível identificar o que realmente funciona e ajustar as práticas para melhorar continuamente os resultados educacionais.
A comparação com o agronegócio serve como um chamado à ação para que o setor educacional adote uma abordagem mais pragmática e orientada por evidências. É preciso deixar de lado os planos infalíveis que, historicamente, não têm produzido os resultados desejados. A mensagem é clara: a educação no Brasil precisa de uma transformação fundamentada em dados, ciência e uma gestão eficiente, semelhante ao que tem sido feito com sucesso no agronegócio.
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