Novas perspectivas para ensinar o mesmo conteúdo têm sido uma carta na manga dos educadores. A hora é da linguagem de programação, que, segundo eles, ajuda a desenvolver o raciocínio lógico e facilita o aprendizado de outras disciplinas geralmente temidas por muitos estudantes, como Álgebra.
Na última reportagem da série que O Globo preparou sobre a influência da tecnologia na educação, especialistas debatem sobre a importância de tornar a escola um lugar mais atrativo em tempos de intenso fluxo de informação.
No Rio, a Escola Americana adotou o “Hour of Code” para ensinar linguagem de programação. A plataforma foi criada por Mark Zuckerberg e outros gênios da computação. Nos EUA, porém, o objetivo era mais do que tornar a grade curricular atrativa: a concepção era preparar crianças e jovens para ocupar cerca de um milhão de vagas que devem surgir até 2020 no mercado de tecnologia.
Já na Escola Municipal Orsina da Fonseca, a plataforma usada é a “Scratch”, desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT). Os dois cursos são gratuitos e estão disponíveis online.
— Ensinar álgebra pura para essa garotada de hoje já não faz sentido. Eles têm outro tipo de interação com a informação e o conhecimento — explica Mônica Araújo, especialista em tecnologia da Escola Americana do Rio.
A educadora explica ainda que a linguagem de programação ensinada hoje não cai em desuso. Além de ajudar no aprendizado de outras matérias, ela cria bases para que o aluno possa desenvolver projetos futuros, acompanhando a criação de novos dispositivos. Mas reconhece que a adoção de métodos tão inovadores provoca certa desconfiança.
— A mudança foi muito rápida. É uma mudança de paradigma, de mentalidade — ressalta.
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