Em artigo no Estado de São Paulo, o ex-ministro Pedro Malan aborda o momento conturbado pelo qual passa o Brasil. Momento esse que, para Malan, será definido na transição de 2018 para 2019, em que retornaremos a um governo com legitimidade, com a posse de um presidente recém-eleito. Ainda assim, para o ex-ministro, se 2019 é um ano decisivo, 2018 é ainda mais importante. Pois quase nunca, em outros momentos complicados do país, foi possível esperar até depois das eleições para a tomada de decisões difíceis acerca de economia e educação. Ele afirma que, “em 2014 o Brasil falhou em se preparar – ou se preparou para falhar -, apesar dos inúmeros alertas de que a política econômica era insustentável”. Naquele momento, era necessária uma mudança, independente de qual fosse o resultado nas urnas, no final daquele ano. Mas ela veio tarde demais, e o país entrou em uma recessão que só acabaria dois anos depois.
Desde então, o Brasil se encontra em uma recuperação econômica, a qual ele chama de “cíclica” e que, ele afirma, depende de avanços no processo de reformas do país, o que, por sua vez, depende de mudanças na opinião publica e na percepção da mesma em relação à política brasileira. Segundo Pedro Malan, “o risco de falhar em nos prepararmos é especialmente dramático em duas grandes áreas”. A primeira, para ele, é a das finanças públicas, que está insustentável e precisa de alguém com vasto conhecimento e determinação para melhorar a situação. A segunda grande área é a da educação, em que o ex-ministro afirma que é necessária a redução das desigualdades na distribuição de oportunidades, para que assim haja uma redução da desigualdade na distribuição de renda. Para corroborar a importância da educação no quadro político do país, e reforçar seu argumento, Pedro Malan cita o artigo “Analfabetismo no século 21”, também publicado no Estado de São Paulo. Escrito por João Batista Araújo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, o artigo é classificado como “excelente” por Pedro Malan.
Confira aqui o artigo, escrito por João Batista e indicado por Pedro Malan.