O Novo Currículo do Ensino Médio: Avanços e Desafios
Antes de mais nada, o novo currículo do Ensino Médio representa uma oportunidade para compensar a educação no Brasil. Em primeiro lugar, ele traz inovações importantes nas Diretrizes Curriculares Nacionais, mas ainda apresenta desafios que precisam ser enfrentados para alcançar seus objetivos. Simon Schwartzman, em seu blog, analisa esses pontos e destaca os aspectos positivos e negativos das mudanças realizadas.
Primeiramente, um grupo de estudiosos do tema — Cândido Gomes, Cláudio de Moura Castro, João Batista Oliveira e Simon Schwartzman — abordou essas questões no livro Fraturas na Base . Ainda assim, conforme Schwartzman ressalta, ajustes são necessários para que a reforma do Ensino Médio seja adequada.
Os Avanços: O Que Funciona
Sobretudo, o documento reafirma um princípio fundamental da nova legislação: a diversificação do currículo. Em outras palavras, ele permite que os estudantes escolham entre múltiplas trajetórias formativas, de acordo com seus interesses e as ofertas das escolas. Essa abordagem rompe com o modelo único e obrigatório, abrindo espaço para formações técnicas internas ao Ensino Médio.
Além disso, as diretrizes incentivam metodologias ativas e flexíveis, afastando-se do formato tradicional de aulas expositivas. Nesse sentido, projetos, iniciativas, pesquisas de campo e atividades mediadas por tecnologia tornam-se elementos centrais no processo pedagógico.
Por exemplo, as mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) propõem dividi-lo em duas partes: uma formação geral obrigatória e outra externa para os itinerários formativos. Como resultado, essa reorganização aproxima o exame das necessidades reais dos estudantes.
Finalmente, as diretrizes flexibilizaram o reconhecimento de competências adquiridas fora do ambiente escolar, permitindo parcerias com instituições especializadas e a revalidação de estudos. Essa medida é essencial para adaptar o currículo às demandas contemporâneas.
As Limitações: O Que Precisa Melhorar
Apesar dos avanços, o documento enfrenta críticas, especialmente no que diz respeito à classificação das áreas de conhecimento. Antecipadamente, Simon Schwartzman destaca que dividir o currículo em “linguagens e suas tecnologias”, “matemática e suas tecnologias”, “ciências da natureza e suas tecnologias” e “ciências humanas e sociais aplicadas” cria obstáculos para organizar os itinerários formativos.
Analogamente, a matemática deveria ser tratada como um componente central para diversas áreas, e não como um itinerário separado. Por outro lado, as ciências econômicas, biológicas e sociais acabam agrupadas de forma genérica, dificultando a criação de trajetórias específicas que atendam às demandas dos estudantes e do mercado.
Além disso, as diretrizes incluem trechos genéricos que são pouco importantes para a prática pedagógica. Frequentemente, expressões como “interdisciplinaridade” e “transdisciplinaridade” usam sem clareza, tornando o documento menos objetivo.
Próximos Passos: Oportunidades para Avançar
Agora, a melhoria dos cuidados do novo currículo será essencial para identificar seus pontos fortes e corrigir suas especificações. Ainda mais, as diretrizes precisam de revisão para alinhar o Ensino Médio às demandas da sociedade contemporânea.
Por último, gestores, professores e especialistas deverão trabalhar juntos para transformar essas diretrizes em práticas práticas. Como resultado, o Ensino Médio pode se tornar mais inclusivo, relevante e conectado às realidades do século XXI.
Leia a análise completa no blog de Simon Schwartzman e conheça mais sobre o tema no livro Fraturas na Base . O futuro da educação brasileira começa com as escolhas de hoje.