O Impacto dos Consensos e Partidos na Educação Brasileira
Antes de tudo, João Batista Araujo e Oliveira ressalta que o Brasil vive um consenso perigoso na educação, centrado no “mais”: mais escolas, mais vagas, mais recursos. Ainda assim, as decisões educacionais frequentemente ignoram evidências e se baseiam em teorias ideológicas. Exemplos claros disso são o Plano Nacional de Educação (PNE) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ambos frutos de processos formais que carecem de debates profundos e critérios claros.
O Plano Nacional de Educação: Um Monumento à Inércia
Constantemente citado como referência, o PNE, segundo Oliveira, não passa de um ritual corporativo que ignora critérios objetivos. Ele propõe metas que consumiriam mais de 15% do PIB, mas sem ganhos reais em produtividade ou aprendizagem. Analogamente, a construção da BNCC seguiu um caminho similar, mantendo os vícios de versões anteriores e cedendo à pressão de interesses específicos, sem priorizar a qualidade educacional.
Políticas Repetitivas: A Ausência de Inovação
Além disso, Oliveira analisa como governos de diferentes partidos perpetuam práticas semelhantes. O PT, inicialmente contrário a mecanismos como o Fundef e avaliações padronizadas, acabou ampliando esses programas. Por outro lado, DEM e PSDB, mesmo criticando tais políticas, replicaram-nas. Ou seja, a falta de inovação e visão de longo prazo mantém a educação brasileira estagnada.
Educação nas Eleições: Um Tema Secundário
Em primeiro lugar, o autor observa que a educação dificilmente será uma prioridade nas eleições, com temas como corrupção, violência e desemprego dominando a pauta. Apesar disso, ele critica a falta de propostas consistentes dos partidos tradicionais e alerta para a possibilidade de novas administrações negligenciarem reformas fundamentais no setor.
O Que Esperar para o Futuro?
Finalmente, Oliveira conclui que os partidos tradicionais carecem de credibilidade e inovação para transformar a educação. A solução passa por candidatos e propostas emergentes que rompam com os erros do passado, priorizando qualidade e baseando-se em evidências para implementar mudanças reais. Se o Brasil deseja um sistema educacional eficiente e inclusivo, é imprescindível que governantes e sociedade adotem uma postura mais crítica e propositiva, comprometida com o futuro de nossas crianças e jovens. Explore mais iniciativas que impulsionam mudanças educacionais no site do Instituto Alfa e Beto.
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