João Batista Oliveira alerta sobre a necessidade de desmantelar a “nova matriz educacional”
Antes de mais nada, João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, defende que o próximo governo deve priorizar o desmonte da “nova matriz educacional” para melhorar a qualidade da educação no Brasil. Em artigo publicado no Valor Econômico em 15 de janeiro de 2018, Oliveira traça paralelos com os esforços do governo Temer em desmantelar a “nova matriz econômica” e destaca como os erros conceituais da matriz educacional podem causar efeitos devastadores.
O conceito da “nova matriz educacional”
Primeiramente, Oliveira explica que a “nova matriz educacional” é baseada em pilares frágeis e equivocados, que comprometem o avanço da educação no país. Esses pilares, segundo ele, ignoram fundamentos essenciais que deveriam sustentar um sistema educacional eficiente e funcional. Para corrigir o curso, é indispensável reformular as bases da educação brasileira.
Os quatro pilares de um sistema educacional eficiente
Oliveira estrutura sua análise em torno de quatro pilares fundamentais para um sistema educacional eficaz:
- Uma ideia socialmente compartilhada de escola e suas funções
Em primeiro lugar, ele ressalta que a sociedade precisa compreender o papel da escola como espaço de aprendizado e formação integral. Sem essa compreensão, a educação perde foco e eficácia. - Um corpo docente de alta qualidade
Além disso, ele aponta que a qualidade do ensino depende diretamente de professores bem formados e valorizados. No entanto, a formação docente no Brasil carece de estrutura e investimentos adequados. - Um sistema de financiamento e gestão eficiente
Conforme Oliveira destaca, a alocação de recursos precisa ser acompanhada por uma gestão competente e incentivos claros para alcançar resultados educacionais. A ausência de um modelo sustentável compromete os avanços necessários. - Um sistema de avaliação robusto
Por fim, ele enfatiza que a avaliação deve servir como ferramenta de diagnóstico e orientação, e não apenas como instrumento de controle. Avaliações bem estruturadas ajudam a identificar falhas e direcionar esforços para melhorias.
A urgência da reforma educacional
Ainda assim, Oliveira argumenta que, sem o desmonte da “nova matriz educacional”, o Brasil continuará enfrentando os mesmos desafios que têm emperrado a evolução do ensino. Ele reforça que a reforma educacional deve ser tratada como prioridade estratégica, com ações baseadas em ciência e evidências, e não em ideologias ou interesses políticos.
Leia o artigo completo
Confira o artigo na íntegra no site do Valor Econômico.
Em conclusão, João Batista Oliveira alerta que apenas uma reformulação profunda e orientada por fundamentos sólidos poderá transformar a educação brasileira. Para ele, o futuro do país depende de decisões corajosas e estratégicas nessa área essencial.