Escolas Devem Priorizar Disciplinas Essenciais no Pós-Pandemia, Aponta Estudo
Primeiramente, é essencial compreender que o retorno às aulas após a pandemia da Covid-19 exige foco nas disciplinas fundamentais, como português, matemática e ciências. De acordo com o estudo publicado pelo Instituto Alfa e Beto, em parceria com a consultoria IDados, a recuperação do aprendizado perdido só será possível com estratégias bem definidas e baseadas em evidências. O presidente do Instituto, João Batista Oliveira, reforça: “Recuperar nessas áreas essenciais é o caminho mais eficiente antes de retomar a normalidade.”
O impacto do fechamento das escolas no Brasil foi expressivo. Em agosto, 19,5 milhões de alunos da educação básica e superior ficaram sem aulas, enquanto 58% tiveram aulas remotas, muitas vezes com acesso limitado à internet. Esse cenário reflete a desigualdade educacional, especialmente na rede pública, onde 26% dos estudantes não possuem acesso à internet para acompanhar as atividades online.
Atividades Extracurriculares e a Perda de Foco no Ensino
Antes de mais nada, o estudo alerta sobre o erro de priorizar atividades extracurriculares durante o isolamento. “Focar em ações dispersas, sem um planejamento claro, não ajuda na recuperação das lacunas do aprendizado e muito menos em avanços significativos”, afirma João Batista. A pandemia trouxe uma enxurrada de materiais desconectados e improvisados, que, segundo os pesquisadores, não contribuem para uma aprendizagem consistente.
Impactos Históricos do Fechamento de Escolas
Analogamente a outras crises, o estudo destaca exemplos históricos em que interrupções escolares resultaram na redução da escolaridade média dos alunos. Desde a epidemia de poliomielite em 1916 nos Estados Unidos até greves de professores na Bélgica em 1990 e os furacões Katrina e Rita em 2005, os efeitos no desempenho acadêmico foram consistentes. Esses eventos reforçam a necessidade de uma resposta educacional planejada para evitar impactos duradouros.
Aumentar a Carga Horária Não É a Solução Ideal
Ainda assim, soluções como a ampliação da carga horária para compensar o tempo perdido podem ser ineficazes. Estudos indicam que, em situações normais, aumentar o tempo de aula não resulta em ganhos expressivos no aprendizado, especialmente sem um currículo bem estruturado. “Tempo a mais funciona se for de boa qualidade e com equilíbrio”, explica João Batista. O foco deve ser em qualidade, e não quantidade, evitando sobrecarga e exaustão dos alunos.
Estratégias para Mitigar Perdas no Aprendizado
Sobretudo, o estudo recomenda estratégias práticas e estruturadas para minimizar as perdas no aprendizado, especialmente para alunos mais vulneráveis. As principais propostas incluem:
- Diagnóstico preciso para identificar lacunas de aprendizado;
- Ensino estruturado, com aulas planejadas e respostas alinhadas a scripts pedagógicos eficazes;
- Uso estratégico de deveres de casa e programas de leitura;
- Redução do absenteísmo e maior engajamento dos alunos;
- Programas intensivos de tutoria em pequenos grupos.
Essas ações, combinadas, oferecem um caminho viável para garantir que os prejuízos do isolamento social sejam minimizados.
Por Que Escolher o Ensino Estruturado?
Em conclusão, priorizar disciplinas essenciais e adotar o ensino estruturado são passos fundamentais para recuperar o tempo perdido sem sacrificar a qualidade do aprendizado. Além disso, estratégias como tutoria e programas focados podem reduzir as desigualdades educacionais exacerbadas pela pandemia.
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