Neste número inaugural do Boletim IDados da Educação, a reflexão está voltada para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), para monitorar e medir os avanços na qualidade do Ensino Fundamental e Médio no país.
O objetivo desta edição do Boletim é contribuir para que: (1) o significado desse indicador se torne mais claro e transparente; (2) as informações que ele agrega fiquem mais inteligíveis; (3) suas fragilidades,como o diagnóstico da Educação, fiquem mais evidentes; (4) o comportamento da trajetória da qualidade educacional fique mais exposto; (5) práticas não pedagógicas para o aumento do índice sejam mais evidenciadas; (6) as metas estabelecidas sejam problematizadas; (7) as críticas já existentes ao IDEB fiquem devidamente documentadas. O que se objetiva é estimular, alimentar e aprofundar o debate sobre a qualidade da Educação no país.
Os dados aqui analisados foram coletados no site do MEC/Inep e limitados ao Ensino
Fundamental e às redes municipais e estaduais. Como os dados das 27 redes estaduais são divulgados por município, esse padrão foi mantido na análise dos dados desagregados.
O Boletim IDados de Educação está dividido em sete partes. Em cada uma das seis primeiras partes, um aspecto do IDEB é explicado e refletido criticamente. Entre os temas abordados estão: (1) o que o IDEB mede?; (2) dois municípios com o mesmo IDEB possuem a mesma qualidade?; (3) o que um município pode fazer para melhorar sua nota no IDEB?; (4) por que nenhum município consegue tirar nota 10?; (5) é possível atingir as metas do IDEB apenas eliminando a reprovação?; (6) para que foram estabelecidas as metas do IDEB?.
A última parte apresenta uma série de questões levantadas ao longo do texto, com o objetivo de suscitar debates pela comunidade empresarial, acadêmica, mídia e a sociedade em geral.