Artigo publicado no blog do sociólogo Simon Schwartzman*
A OECD acaba de publicar os resultados da avaliação feita em 2012 sobre a capacidade dos estudantes de 15 anos de resolver problemas práticos da vida real, parte do programa internacional de avaliação da educação (PISA), cujo texto completo está disponível para download. A amostra é de estudantes que estão cursando as séries correspondentes à sua idade (no final do ensino fundamental ou início do médio). Os estudantes que se saem melhor são os da Ásia (Singapura, Coréia, e diversas províncias da China), seguidos pelo Canadá e países europeus. Estes resultados derrubam o mito de que os estudantes na Ásia são mais aplicados, mas os europeus e americanos seriam mais criativos e inventivos. Na realidade, altos níveis de educação, conhecimento e capacidade de resolve problemas práticos são inseparáveis.
Os resultados do Brasil, para variar, são muito ruins. Dos 44 países e regiões que participaram do estudo, o Brasil está na posição 38, melhor do que Uruguai e Colômbia na América Latina, mas bem abaixo do Chile (os Estados Unidos estão na posição 18).
O gráfico acima compara a distribuição dos resultados do Brasil com os da Espanha, Chile, Portugal e Canadá, em 6 níveis de desempenho. Nesta classificação, os de nível V e VI são os “top performers”, os de nível IV são “strong performers”, os de nível II e III são “moderaste performance”, e os de I ou menos são “poor performers”. Nesta escala, 47% dois estudantes brasileiros aos 15 anos são “poor performers”, e somente 1.8 estão na categoria “top”. Em contraste, no Canadá, 17.5% estão na categoria “top”. Na Coréia, esta percentagem sobe para 27.6%, e só 6.9% dos estudantes estão na categoria “poor”.
Na América Latina, o único país que mostra resultados mais significativos é o Chile, com menos estudantes nas categorias mais baixas do que o Brasil, mas ainda sem conseguir formar muitos estudantes de alto desempenho. Portugal e Espanha estão bem abaixo de outros países europeus, mas ainda bem melhores do que Brasil e Chile.
*Para ler o artigo completo, acesse: https://goo.gl/qkqvWS