João Batista Oliveira aponta os desafios do analfabetismo no Brasil em artigo no Estadão
Antes de mais nada, João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, destacou os desafios do analfabetismo no Brasil em seu artigo “Analfabetismo no Século XXI”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 27 de janeiro de 2018. O autor abordou temas como os números oficiais do IBGE, as falhas conceituais sobre alfabetização e as questões ideológicas que permeiam o debate. Além disso, ele analisou o impacto do analfabetismo funcional e criticou as lacunas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Os números do analfabetismo e sua gravidade
Acima de tudo, Oliveira destacou que os índices oficiais do IBGE não refletem totalmente a realidade do analfabetismo no Brasil. Apesar da redução gradual de analfabetos “oficiais”, o analfabetismo funcional persiste como um grande obstáculo. Esse tipo de analfabetismo, que atinge a maioria dos brasileiros, impede que indivíduos compreendam, interpretem e utilizem informações essenciais no dia a dia, mesmo após anos de escolaridade formal.
A influência ideológica no debate sobre alfabetização
Ainda mais preocupante, segundo Oliveira, é a influência ideológica que dificulta o avanço do debate. Ele afirmou que políticas públicas ineficazes e ações populistas perpetuam um ciclo de fracasso. Por exemplo, ele criticou a BNCC por ignorar práticas pedagógicas fundamentadas na ciência e por apresentar um documento pouco claro, que carece de diretrizes eficazes para enfrentar o problema.
Nesse sentido, ele ressaltou que a BNCC desperdiçou a oportunidade de oferecer soluções concretas e coerentes, agravando ainda mais os desafios educacionais do país.
O papel do analfabetismo funcional na desigualdade
Sobretudo, Oliveira argumentou que o analfabetismo funcional é um entrave significativo para o progresso social e econômico. Ele explicou que o Brasil não consegue alfabetizar plenamente seus alunos durante o período escolar, o que torna ineficazes iniciativas emergenciais ou políticas de caráter demagógico. Conforme ele destacou: “É pouco provável que uma sociedade que não consegue alfabetizar adequadamente os alunos dentro da escola, ao longo de mais de dez anos de vida escolar, seja capaz de fazê-lo em programas emergenciais ou arranjos com alto teor de demagogia.”
A alfabetização como prioridade nacional
De antemão, Oliveira reforçou que enfrentar o analfabetismo funcional exige ações baseadas em evidências científicas. Ele defendeu o uso do método fônico, amplamente reconhecido como a abordagem mais eficaz para alfabetizar crianças. Além disso, ele enfatizou a necessidade de preparar professores com formação adequada e de implementar políticas públicas que priorizem a alfabetização desde os primeiros anos de escolaridade.
Leia mais sobre a análise de João Batista Oliveira
Confira o artigo completo no site do Estadão:
Analfabetismo no Século XXI.
Por fim, João Batista Oliveira deixou claro que superar o analfabetismo funcional é uma prioridade urgente para o Brasil. Alfabetizar de forma plena e eficaz é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa e desenvolvida.