Depois de uma primeira experiência com resultados expressivos* entre os anos de 2010 e 2015, o Instituto Alfa e Beto volta este ano a atuar na rede municipal do Rio de Janeiro. Nos dias 16 e 17 de julho, técnicos do Instituto realizaram na Escola de Formação de Professores Paulo Freire, no Centro, a capacitação de professores alfabetizadores, ou seja, que atuam no 1º ano do Ensino Fundamental. Já nos dias 18 e 19, foi a vez dos professores que atuam em turmas de pré-escola. O trabalho de capacitação dos professores e coordenadores pedagógicos da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro está dividido em duas etapas: a primeira em julho, já concluída, e a segunda em agosto, entre os dias 6 e 9. Os professores que estão sendo capacitados por equipes do Instituto Alfa e Beto são responsáveis por 200 turmas de 88 escolas, com impacto na alfabetização de mais de 5000 alunos da rede.
Para o diretor da Escola de Formação Paulo Freire, da Prefeitura do Rio de Janeiro, Márcio da Costa, a decisão de utilizar o material do Instituto Alfa e Beto deriva da orientação de tratar a educação com uma perspectiva cientifica. “Trabalho com avaliação de impacto de políticas públicas, e existem muitas evidências no mundo de que determinados protocolos de tratamento da educação nessa faixa etária dos seis aos oito anos são mais eficazes. Encontramos no material do Instituto Alfa e Beto muito alinhamento com tudo que há de mais avançado nas bases científicas no Brasil e no mundo: as questões do feedback estruturado, o próprio ensino estruturado, a metacognição, a ênfase no método fônico etc.”, diz.
Segundo Márcio, os indicadores escolares do Rio de Janeiro são insatisfatórios. “Diante desse quadro, tivemos a ideia de começar com um projeto em escala menor, mas com uma avaliação rigorosa. Minha perspectiva é de que esse novo trabalho conjunto com o Instituto Alfa e Beto será muito bem-sucedido. O programa é uma guinada muito profunda nas diretrizes que a Secretaria Municipal de Educação do Rio vem adotando para as escolas tanto na alfabetização quanto na pré-escola. Trata-se de uma mudança necessária, que está afinada com tudo que a ciência mostra que é mais eficaz”, explica.
Gerente de Representatividade da SME e responsável pelo acompanhamento de programas de alfabetização, Rosana Viana Cardozo esteve presente em toda a primeira etapa do processo de capacitação. “Os professores foram muito receptivos e estão entusiasmados. Os diretores estão me ligando para elogiar a metodologia de trabalho do Instituto Alfa e Beto. Muitas escolas já estão nos procurando para dizer que também gostariam de adotá-la”, conta. Segundo ela, a expectativa é alta em relação à “volta” do programa. “Já trabalhamos com o material do Instituto e todo mundo o elogiou muito. Os resultados foram significativos. Nossa expectativa é de que o trabalho nessa nova fase também será um sucesso, seja em virtude da qualidade do material que está sendo oferecido às crianças, seja por causa da formação que os professores estão recebendo”, afirma.
Seguem abaixo alguns depoimentos de técnicos e professores da SME-RJ que participam das ações de capacitação realizadas pelo Instituto Alfa e Beto:
Márcio da Costa, diretor da Escola de Formação Paulo Freire:
“No mundo, há evidências muito robustas de que a estruturação do ensino tem um efeito não apenas sobre a qualidade em geral, mas também sobre a equidade, na medida que proporciona mais oportunidade aos que tradicionalmente estariam em desvantagem.
A estruturação vai na contramão dessa crença de que o ensino é uma coisa quase artística, muito idiossincrática. Não é assim. Esse processo de educação é complexo e precisa obedecer a uma série de protocolos. Se pegar uma área como a Medicina, você verá que ela tem protocolos bastante rígidos. Precisamos aprender com os erros, inclusive na área da educação. Existe uma sequência lógica e cronológica que deve ser seguida, porque ela funciona melhor com a imensa maioria das pessoas.
O Instituto Alfa e Beto está sendo muito bem acolhido pelos professores. Observamos uma adesão inicial muito forte. Fiquei surpreso ao ver tantos depoimentos de coordenadoras e de professores de Pré-Escola dizendo que estão impressionados com o material e a proposta. Não temos um único depoimento negativo”.
Rosane Viana Cardozo, gerente de representatividade da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro:
“Acompanhei todo o processo de capacitação. Os professores foram muito receptivos e estão entusiasmados. Os diretores estão me ligando para elogiar a metodologia de trabalho do Instituto Alfa e Beto. Muitas escolas já estão nos procurando para dizer que também gostariam de adotá-la.
A expectativa é bem alta em relação à implementação dos programas do Instituto Alfa e Beto. Já trabalhamos com o material do Instituto e todo mundo o elogiou muito. Os resultados foram significativos.
Nossa expectativa é de que esse trabalho será um sucesso, por causa da qualidade do material que está sendo oferecido às crianças e também da qualidade da formação que os professores estão recebendo.
Penso que será muito bom para o Rio de Janeiro conseguir adotar os programas do Instituto Alfa e Beto em suas escolas municipais”.
Elizabeth Lessa, professora de Educação Infantil na escola municipal Virgílio Várzea:
“Fiquei muito feliz em conhecer o programa do Instituto Alfa e Beto. Sempre quis aprender sobre o método fônico. Tenho 13 anos de atuação em escola pública e percebi que precisava de um programa mais concreto e estruturado como o do Instituto. O material tem uma proposta excelente, que prevê as necessidades dos alunos e os prepara bem para o 1º ano.
É isso que a Pré-Escola precisa ser. Antes a coisa era muito solta, só brincar era importante, mas isso precisa ser feito com intencionalidade. As histórias lidas precisam trazer novo vocabulário, e as atividades, consciência fonológica.
Agora, a ideia é que a alfabetização aconteça já no 1º ano, e a estruturação do ensino é muito importante nesse sentido. Dessa forma, a criança se desenvolve por completo em todas as áreas. A visão precisa ser a preparação para a alfabetização e o crescimento integral das crianças”.
Selma Martins Farias, diretora da Creche Municipal Acalanto:
“Estamos muito animadas com a oportunidade de trabalhar com o programa do Instituto Alfa e Beto. A primeira impressão que tive do material foi ótima. Nossa expectativa é de que o programa realmente nos auxilie.
Acreditamos que todas as atividades de pré-escola e até do berçário são importantes para que a criança chegue bem preparadas à alfabetização, no 1º ano. Os coordenadores do Instituto Alfa e Beto estão nos mostrando como fazer esse acompanhamento de forma estruturada. O material vai nos proporcionar mais segurança de que as crianças vão chegar bem às turmas de alfabetização”.
Viviane Moura de Oliveira, professora de educação infantil na Creche Municipal Acalanto:
“Estou com uma expectativa muito positiva para começar a trabalhar logo com os materiais do Instituto Alfa e Beto. Na minha opinião, o aluno precisa da pré-alfabetização e do acompanhamento. A ideia é que a criança chegue bem preparada às etapas seguintes.”
Elaine Borret dos Santos, coordenadora da Escola Municipal Austregésilo De Athayde, em Senador Camará:
“Os professores gostam de trabalhar com o material do Instituto Alfa e Beto, porque eles veem que dá resultado.
As melhores turmas que tivemos, no decorrer dos anos, foram de alunos que estudaram com os materiais do Instituto.
O diferencial é a questão do planejamento e do envolvimento. É tudo mais sistemático, e isso possibilita ao professor uma sustentação para trabalhar da melhor forma possível. Os resultados são visíveis. O envolvimento da escola e do professor são muito grandes.
Como vimos que deu resultado tanto para turmas do 1º ano quanto do 2º ano, este ano nós vamos incluir a pré-escola, porque é a base de tudo.
Todos os professores lá na escola sempre apoiaram e incentivaram o uso do programa do Instituto Alfa e Beto.”
Fernanda Pinheiro Lopes, coordenadora pedagógica e professora da Escola Municipal Miguel de Larreinaga, da 9ª Coordenadoria Regional de Educação:
“Como estudiosa da área de psicopedagogia, sempre soube que o método fônico é mais eficaz com crianças de famílias de baixa escolaridade. Até mesmo crianças com alguns tipos de deficiência intelectual conseguimos alfabetizar com o método fônico. Agora, com o apoio do Instituto Alfa e Beto, tenho certeza que nosso trabalho vai avançar muito mais.
Sou professora tanto da Pré-Escola quanto do 1º ano. Preparo crianças para a alfabetização e depois as alfabetizo de fato.
Está sendo muito bom poder participar dessa capacitação. A proposta anterior era de que a educação infantil era um fim nela mesma, e não um preparatório para o ensino fundamental. Mas a gente sabe que o aluno precisa de atividades de registrar. Isso precisa ser valorizado, e o programa do Instituto Alfa e Beto tem ações nesse sentido.
Ao chegar no 1º ano, o aluno precisa saber sentar direito, segurar um lápis, já saber lidar com a questão do letramento, diferenciar letras de numerais, senão a professora do 1° ano vai passar muita dificuldade!
A proposta anterior era esticar o prazo para que o aluno fosse alfabetizado até os 8 anos. Mas sempre procurei alfabetizar meus alunos já no 1° ano, e o Instituto Alfa e Beto também tem essa filosofia.
Sempre alfabetizei com o método fônico, que é bastante eficiente. Sei que a maioria dos países desenvolvidos também estimulam o uso desse método”.
Suely Batista Passos, professora de Ensino Fundamental do CIEP Amilcar Cabral:
“Tive uma experiência muito boa com o programa do Instituto Alfa e Beto em 2015. Minha turma foi premiada, e fiquei entre as 13 melhores alfabetizadoras da cidade do Rio de Janeiro!
A capacitação está sendo ótima. Não conhecia o programa para a Pré-Escola e estou achando fantástico todo o material. Eu já conhecia o material do 1º ano e sempre trabalhei com o método fônico. Então, acredito que vá funcionar muito bem novamente”
*Clique aqui para conhecer os resultados das intervenções do Instituto Alfa e Beto na rede municipal do Rio de Janeiro entre os anos de 2010 e 2015