Novo Ensino Médio: Distorções e Desafios nas Escolas Brasileiras
João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, traz uma análise detalhada das distorções presentes na lei do Novo Ensino Médio em um artigo publicado no Congresso em Foco. Embora a lei tenha boas intenções, segundo ele, ela falha em se conectar com a realidade das escolas brasileiras. Como resultado, essa desconexão compromete a viabilidade de suas propostas, gerando desafios práticos e financeiros para a implementação.
A Desconexão Entre a Lei e a Realidade
Um dos principais pontos levantados por João Batista é a exigência de que as escolas ofereçam múltiplos “itinerários formativos”. Na prática, essa demanda se torna um fardo para muitas instituições, especialmente para aquelas localizadas em municípios menores. Essas escolas, frequentemente, não dispõem de infraestrutura, recursos humanos ou financeiros suficientes para atender a essas novas obrigações.
Além disso, questiona-se a obrigatoriedade do ensino médio noturno, que historicamente registra altas taxas de evasão e baixo desempenho. Por isso, João Batista sugere que essa prática deve ser reavaliada com base em resultados concretos, propondo uma revisão mais realista das exigências.
Custos e Qualidade: Uma Equação Desbalanceada
Outro aspecto importante destacado por João Batista é o aumento dos custos sem uma melhora proporcional na qualidade da educação. Ele alerta que a implementação da lei, da forma como está estruturada, pode levar a um aumento significativo das despesas para estados e municípios, mas ainda assim, não garantir melhorias nos índices educacionais.
Portanto, em vez de aumentar as exigências, ele propõe que o foco seja direcionado para soluções comprovadas. Essas soluções deveriam integrar a educação com a formação profissional e o mercado de trabalho, tornando o sistema mais eficaz e acessível.
Propostas para uma Reforma Viável
João Batista Oliveira defende que a lei do Novo Ensino Médio seja revisada levando em consideração as realidades locais das escolas brasileiras. Além disso, ele reforça a importância de reformas educacionais baseadas em evidências empíricas e na capacidade das instituições de ensino de implementá-las de maneira prática e sustentável. Ademais, ele destaca a necessidade de um diálogo mais profundo entre os formuladores de políticas e os gestores escolares. Com esse diálogo, as reformas poderiam ser viáveis, respeitando as condições e limitações das instituições de ensino.
A Necessidade de Reformas Práticas e Eficazes
O artigo de João Batista serve como um alerta sobre os riscos de legislações que não levam em conta a realidade das escolas. Ele destaca que é essencial que o processo legislativo seja mais atento às condições reais das instituições de ensino brasileiras. Reformas que ignoram as limitações das escolas e focam apenas em novas exigências podem, na verdade, aumentar os problemas, em vez de solucioná-los. Assim, ele reforça a necessidade de soluções práticas e sustentáveis, que realmente contribuam para a melhoria da educação no Brasil.
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