Por Que o Brasil Enfrenta Dificuldades no Ensino de Matemática?
A princípio, a ideia de que os brasileiros “nascem sem vocação” para a matemática reflete uma aversão que começa nas escolas e se espalha pela sociedade. Outrossim, o ensino da disciplina enfrenta desafios profundos, desde a formação dos professores até o desempenho dos alunos no final do ensino médio. Ademais, maioria dos professores do Ensino Fundamental I não tem formação específica em matemática e, muitas vezes, também não tem profundidade com a disciplina. Assim, as crianças aprendem matemática de forma mecânica, sem lógica, o que compromete seu desenvolvimento investigativo.
Desempenho Preocupante nos Exames de Matemática
Logo de início, os exames nacionais e internacionais confirmam essas lacunas. No Brasil, 57% dos estudantes terminam o ensino segundo médio com rendimento insuficiente em matemática, o Saresp. No cenário global, o Brasil ocupa a 57ª posição entre 65 países no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Em contrapartida, países como China, Cingapura e Hong Kong lideraram o ranking.
Formação Docente: O Fator Decisivo
Primeiramente, o Instituto Alfa e Beto aponta a formação dos professores como fundamental para transformar o ensino de matemática no Brasil. No sistema atual, os professores do Ensino Fundamental precisam ensinar todas as disciplinas, o que prejudica a qualidade do ensino de matemática. Isso limita o desenvolvimento dos alunos, que aprendem a dar respostas prontas sem entender o processo.
Além disso, o Ensino Fundamental II, os professores têm formação em matemática, mas muitos carecem de didática. Eles acabam focando nos alunos que acompanham bem a aula, enquanto os demais ficam para trás, aumentando a desigualdade no aprendizado.
Propostas para Melhorar o Ensino
Para enfrentar essas questões, o Instituto Alfa e Beto organiza um seminário internacional que reúne especialistas e educadores. A proposta é discutir métodos e materiais pedagógicos mais eficazes. João Batista Araujo de Oliveira, presidente do Instituto, destaca a importância de uma abordagem adaptada ao contexto dos alunos e de materiais que incentivam a lógica e a curiosidade.
Entre os palestrantes, o psicólogo cognitivo Daniel Willingham, da Universidade de Virgínia, explica que todos podem aprender matemática, mas a disciplina é naturalmente abstrata, exigindo maior habilidade do professor ao ensinar. Já Hung-Hsi Wu, da Universidade da Califórnia, defende que, quando ensinada como uma “descoberta bem guiada”, a matemática deixa de ser assustadora e se torna surpreendente para os alunos.
O Futuro da Matemática no Brasil
Criar um ambiente que inspire o gosto pela matemática pode ajudar a resolver a falta de professores existentes. A baixa concorrência nos vestibulares para licenciatura em matemática e a visão pouco atraente afastam esses profissionais das salas de aula. Para reverter essa realidade, é essencial melhorar a formação e as condições de trabalho dos professores, criando um ciclo positivo para o ensino da matemática no país.
Quer saber mais sobre as iniciativas do Instituto Alfa e Beto para transformar o ensino de matemática? Entre em contato conosco e descubra como contribuiremos para um futuro educacional melhor!
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