Nesta terça, 18 de fevereiro, o MEC anunciou a sua política de alfabetização – as informações a respeito da mesma podem ser obtidas no site do Ministério.
Finalmente, o MEC reconhece a importância da alfabetização, define o que seja alfabetização de maneira correta, incorpora o conceito de fluência de leitura e registra a importância de sua avaliação.
Tudo isso confirma o acerto do que o Instituto Alfa e Beto vem fazendo e preconizando desde antes de sua criação, em 2003, quando produziu o livro ABC do Alfabetizador, e em 2003, quando organizou o Seminário Internacional Alfabetização Infantil, Novos Caminhos.
Nesta época, o Instituto trouxe ao Brasil alguns dos mais destacados pesquisadores da área em todo o mundo – José Morais, Jean-Emile Gombert, Marilyn Jaeger Adams e Roger Beard. O trabalho contou também com a participação dos brasileiros Cláudia Cardoso-Martins e Fernando Capovilla.
Em 2005, lançamos a primeira versão do Programa Alfa e Beto de Alfabetização. Em 2010, organizamos de forma pioneira a Biblioteca do Bebê na 21ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, criando instrumentos e modelos de leitura interativa desde o berço.
Desde então, produzimos mais de 200 itens relacionados com leitura, alfabetização e fluência de leitura, inclusive na forma de jogos digitais como o Ilhas do Alfabeto, FLUI – a Cidade das Palavras e Craque da Leitura.
O trabalho do Instituto Alfa e Beto está consolidado. Ao longo desses anos, integramos todos os nossos programas – do pré-natal (Universidade do Bebê) ao final do ensino fundamental –, com ênfase na leitura em todos os seus aspectos. Os resultados estão demonstrados tanto pelos avanços obtidos em centenas de municípios quanto por meio de pesquisas e avaliações.
Não é fácil ser pioneiro. Começamos o trabalho com alfabetização na virada do século. Em 2002, publicamos o livro A escola vista por dentro. Desde então, em meio a dificuldades de toda ordem, conseguimos a adesão de estados e municípios de todo o país para implementar os nossos programas. Já estivemos presentes em mais de sete rede estaduais de ensino e mais de 1.000 municípios, tendo alcançado mais de 2 milhões de alunos com nosso programa de alfabetização.
Agora o Brasil é fônico. Esperamos que será mais fácil, daqui para a frente, ampliar o nosso trabalho e atingir um maior número de crianças nas escolas de todo o país. As propostas apresentadas pelo Ministério da Educação não colidem em nada com as ações do Instituto Alfa e Beto, e esperamos que, de fato, contribuam para aumentar ainda mais o impacto de nossas ações e intervenções.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer e cumprimentar a todos os que estiveram conosco e acreditaram nos benefícios de promover uma educação e alfabetização baseadas em evidências.